terça-feira, 16 de outubro de 2012

Inicio Da Vida Sexual, Fase De Descobertas...

Início da vida sexual, fase de descobertas
Mal o clima começou a esquentar com o namorado e já começam a pintar dúvidas sobre o início da vida sexual. Deve-se seguir em frente? Qual a importância de consultar um médico antes da primeira relação para saber o que fazer? A adolescência é mesmo a fase das descobertas, e, para não tomar uma decisão precipitada sobre algo tão importante, é preciso adotar certos cuidados.

“O ideal seria que, antes de se iniciar sexualmente, a adolescente consultasse o ginecologista para ser orientada sobre a primeira relação, a escolha e adoção de um método contraceptivo, assim como sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)”, recomenda o ginecologista e obstetra João Tadeu Leite dos Reis, assistente estrangeiro da universidade francesa Paris V e ex-presidente da Comissão Nacional de Ginecologia Infanto Puberal.

O especialista diz que não há uma idade definida para ir pela primeira vez ao ginecologista. “Um momento interessante para essa aproximação é quando acontecem as mudanças puberais: desenvolvimento dos seios, dos pelos pubianos e o estirão de crescimento.” A presença da mãe durante a consulta é controversa. A adolescente deve ter preservados sua privacidade, o direito de ser atendida sozinha e em espaço privado e garantida a total confidencialidade das informações tratadas.

Pela experiência em consultório, o Dr. João Tadeu acrescenta que as dúvidas mais comuns levadas pelas adolescentes dizem respeito, além das mudanças puberais, à anticoncepção. Em relação às primeiras, “como são inevitáveis as comparações com amigas e primas, deve-se ressaltar que cada pessoa possui características próprias, não sendo melhor ou pior por isso”, aponta.

Já sobre anticoncepção, o ginecologista e obstetra lembra que, independentemente da escolha feita, sempre se deve associar o método ao uso da camisinha. “Todos eles são efetivos desde que sejam utilizados de maneira correta e regular. Essa é a chave da escolha. Do ponto de vista clínico, adolescentes são pessoas saudáveis que não necessitam de avaliação médica prévia à seleção da anticoncepção.”

As opções de contracepção, ainda de acordo com o especialista, variam do uso diário ao mensal ou por períodos maiores, e podem ser de utilização por via oral, injetável, intrauterina, vaginal, transdérmica e subdérmica. E sempre é bom reforçar: deve-se privilegiar o método que efetivamente a adolescente vai usar de maneira correta, considerando características pessoais, familiares e econômicas. Logo, o diálogo em casa e no consultório, da pré-adolescente à adolescente que engravidou, deve ser franco e aberto.

“Atualmente preferem-se os métodos de ação por um período mais prolongado como os injetáveis, o dispositivo intrauterino (DIU) ou o sistema intrauterino (SIU), o anel vaginal, o adesivo transdérmico ou o implante subdérmico, uma vez que resultam em segurança anticonceptiva maior por não apresentarem a frequência de esquecimento e consequente falha mais comuns aos métodos de uso diário.”

Pílula anticoncepcional

O mais solicitado, segundo o Dr. João Tadeu, é a pílula anticoncepcional, que pode ser útil também durante todo o início da vida sexual. A contracepção de emergência, “equivocadamente chamada de pílula do dia seguinte”, é outro método disponível, mas que exige cuidados extras. “Além de ser indicada somente para situações excepcionais, quando não há proteção anticonceptiva e o risco de engravidar é grande, sua ação prolongada tem intensidade decrescente”.

Aliás, quando adotados antes da primeira relação, os métodos contraceptivos são importantes porque a adaptação com a opção escolhida teoricamente já aconteceu e os eventuais efeitos colaterais já foram solucionados. “Iniciar-se sexualmente confiando apenas na época do ciclo em que a adolescente acredite estar (período ovulatório ou não), sem usar a camisinha de maneira constante e correta, não se justifica”, completa o especialista.

Mitos e DSTs

Os mitos e medos das meninas sobre a primeira relação sexual estão mais ligados ao momento em si do que ao que ocorrerá no futuro, acrescenta o ginecologista e obstetra. “Vai doer ou sangrar? O que ele vai pensar de mim se eu ceder facilmente? Vou chegar ao orgasmo? A preocupação com o risco de engravidar cede lugar neste momento aodesejo sexual. Para os meninos, os receios estão mais relacionados à performance.”

“O que importa, na verdade, é que aconteça de forma consciente, com uma pessoa com a qual exista um vínculo de sentimento, além de ser sob a menor pressão possível, com calma e sem pressa, o que nem sempre acontece. O fato de a adolescente já fazer uso de método contraceptivo dá segurança e tranquilidade em relação ao risco de engravidar”, completa.

A proteção básica e efetiva contra as DSTs é mesmo a camisinha, ainda de acordo com o especialista. “Outras medidas protetoras importantes seriam o controle clínico, realizado com o médico de confiança, pelo menos uma vez ao ano, e a busca de relacionamentos monogâmicos, por ambas as partes. O risco de DSTs aumenta com um maior número de parceiros e o risco de se contrair HIV com o uso de drogas injetáveis.”

Desvendar um mundo novo é uma característica da adolescência. E para que cada uma das descobertas típicas dessa fase sejam ainda mais prazerosas, medos e inseguranças devem ser superados com informação e o auxílio de um especialista. Pronto: está dado o primeiro passo para o início de uma vida sexual saudável.

Métodos Contraceptivos



Existem vários métodos contraceptivos (para evitar a gravidez). Alguns dizem respeito a precauções que são tomadas pelo homem, outros dizem respeito às mulheres e também há os métodos nos quais participam o homem e a mulher.
Os principais métodos anticoncepcionais são realizados através de contraceptivos injetáveis, diafragmas, DIUs, espermicidas, esponjas, esterilização feminina, método do coito interrompido (coitus interruptus), método do muco, método do ritmo, métodos pós-relação, pílulas anticoncepcionais, vasectomia masculina e preservativos. Os anticoncepcionais injetáveis são baseados em hormônios.
Métodos contraceptivosDIU é inserido no útero, tratando-se de um dispositivo permanente.
Os espermicidas são produtos químicos injetados na vagina antes das relações sexuais. A esponja espermicida é inserida na vagina após a relação sexual. A esterilização feminina envolve intervenção cirúrgica, com a amarração das trompas de Falópio.
método do coito interrompido é o mais antigo, não se tratando de um método que sempre garante a anticoncepção.
método do muco utiliza o conhecimento das mudanças do muco cervical durante o ciclo menstrual.
método do ritmo evita relações sexuais no dias férteis.
Os métodos pós-relação, tais como a inserção do DIU quatro dias após a relação sexual não são recomendáveis. A pílula do dia seguinte liquida com o óvulo fertilizado. De modo geral, devido à sua composição hormonal, as pílulas anticoncepcionais podem provocar muitos efeitos colaterais.
vasectomia é o método em que há intervenção cirúrgica no homem, para fins de obstrução do canal de transporte dos espermatozóides ao sêmen: portanto, tal método impede que o sêmen contenha espermatozóides, não havendo assim a possibilidade de concepção.
Os preservativos são proteções masculinas feitas de látex, sendo também utilizados na prevenção de doenças adquiridas por contato sexual.
 

Principais Métodos Contraceptivos:

Pílula 
Combinação de dois hormônios sintéticos, estrogênio e progestagênio - substâncias semelhantes aos hormônios feminino produzidos pelo ovário - ela impede a gravidez porque inibe a ovulação(liberação do óvulo pelo ovário) , torna a camada interna do útero inadequada a nidação(aderência do óvulo fecundado na parede do útero para formar a placenta) e modifica a qualidade do moco cervical, detendo a passagem do espermatozóide.
Pílula anticoncepcionalModo de usar:
Pílulas de baixa e média dosagem devem ser ingeridas a partir do 1º dia de menstruação. Toma-se apenas um comprimido por dia , de preferência, dentro de um horário regular. Depois de 21 dias , faz-se uma pausa de 7 dias e recomeça no 8º dia. Neste período ocorre a menstruação e não há risco de gravidez. Em seguida recomeça-se novo ciclo. Existem como a pílula de 22 comprimidos, em que se faz uma pausa de 6 dias e recomeça no 7°; e cartelas com pílulas para quatro semanas , sem pausa , sendo que na ultima semana os comprimidos são de vitamina B6
Benefícios:
  • Em função de seus componentes, além de barrar a gestação, a pílula ainda é receitada para regularizar as funções femininas ou para fins terapêuticos.
  • É capaz de reduzir a tensão pré-menstrual e o sangramento , equilibrando o ciclo menstrual .
  • Combate a anemia por deficiência de ferro, as crises de artrite reumatóide e a osteoporose (enfraquecimento dos ossos)
  • Ajuda a evitar o surgimento de câncer de endométrio (parte interna do útero) e o advento de doenças benignas na mama.
  • Diminui a acne e a quantidade de pêlos do corpo.
Contra- indicações:
  • Casos de hipertensão, já que pode elevar a pressão arterial.
  • Casos de trombose (obstrução de veias por coágulos) ,embolia (obliteração de vasos sanguíneos), enfarto ou derrame cerebral, pois o estrogênio é capaz de prejudicar a circulação sangüínea
  • Casos de doenças hepáticas , visto que a pílula é metabolizada pelo fígado.
  • Casos de câncer de mama e de endométrio, porque há controvérsias quanto a possibilidade de estrogênio agravar essas doenças.
  • Para fumantes com mais de 35 anos. As alterações negativas do fumo sobre o sistema cardiovascular podem ser intensificados pela pílula.
  • Para alguns tipos de diabetes capazes de causar problemas cardiovasculares, os quais podem ser exacerbados pelo uso da pílula.
  • Para mulheres acamadas cujo estado de saúde possa facilitar a ocorrência da trombose. Nesse caso, a pílula aumenta as chances de aparecimento da doença.

Mini pílula:

Com efeitos contraceptivos idênticos ao da pílula comum, ela só difere na composição (contêm apenas o progetagêneio). Em cartelas de 35 comprimidos, sua eficácia é um pouco menor que a pílula tradicional pois, como tem baixa dosagem de progestorona, só funciona alterando o muco cervical.
Modo de usar:
Deve ser tomada ininterruptamente.
Benefícios
  • Receitadas em circunstâncias especiais, principalmente em casos que proíbem o consumo de estrogênio, é ainda ideal para os períodos de amamentação, já que não reduz a quantidade de leite da mãe.
Contra-indicações
  • As mesmas da pílula convencional. Acrescenta-se, porém, que em cerca de 20% das mulheres que a adotam pode acarretar irregularidades do ciclo menstrual ou sua completa suspensão.

Pílula do Dia Seguinte

Pílula do dia seguinteTambém chamada de Técnica de Intercepção, consiste na ingestão de pílulas de alta dosagem de progesterona na sua formulação. Em dose elevada, o progestrogênio impossibilita a nidação do óvulo (que leva quatro a seis dias para descer para a trompa), fazendo com que as condições do útero não sejam favoráveis à gravidez. A pílula entrou no mercado brasileiro em agosto do ano passado e pode ser comprada nas farmácias, com receita médica.
Modo de usar
Toma-se duas pílulas: uma logo após a relação sexual; e outra 12 horas depois de ingerida a primeira.
Benefícios
  • Legalmente, no Brasil, a gestação só ocorre quando o óvulo adere à parede do útero, portanto, a pílula do dia seguinte pode ser consumida sem problemas nessa área.
  • Para mulheres que forma vítimas de estupro, tiveram relações sexuais sem proteção ou a camisinha estourou no dia em que estavam férteis.
Contra-indicação
  • A dose elevada de estrogênio provoca muitos efeitos colaterais, como mal-estar, alterações da função hepática e até complicações circulatórias.
  • Não deve ser usado como método de rotina, devendo ficar limitado apenas aos casos citados.

Injeção Mensal

Tal como a pílula, contém estrogênio e progestagênio e atua de forma semelhante a ela. Seu diferencial é a aplicação única, mensal, em substituição à ingestão dos hormônios em doses diárias.
Benefícios
  • Por conta de sua praticidade, é excelente como opção à pílula, para mulheres com síndrome de má absorção. É o caso daquelas que sofreram a retirada de órgãos como o estômago ou o intestino, cujo organismo não consegue assimilar comprimidos.
Contra-indicações
  • Idênticas às da pílula. Soma-se, porém, a desvantagem de não permitir a regularidade do ciclo menstrual, ocorrendo um possível encurtamento para 23 a 25 dias ou alongamento para 35 a 36 dias.

Injeção Trimestral

Diferente da injeção mensal, contém uma dose alta de progesterona, o que possibilita a contracepção por três meses.
Modo de usar
Uma injeção a cada três meses.
Benefícios
  • Além da alta eficácia, pode ser usada nas situações em que o estrogênio é contra-indicado.
  • Para quem tem facilidade de esquecer de tomar a pílula
  • Para mulheres que têm problemas de má absorção de comprimidos.
Contra-indicação
  • Não deve ser usada como método de rotina porque, mais freqüentemente do que a injeção mensal, provoca a irregularidade do ciclo menstrual

DIU (dispositivo intra-uterino)

Método contracptivo DIUPequeno objeto de plástico e cobre, o DIU é alojado no útero. Detém a gestação, à medida em que impede a passagem do espermatozóide. Com uma eficácia em torno de 99% (embora falhe três vezes mais do que a pílula), pode ser usado em qualquer idade, caso não existam contra-indicações. Sua colocação e remoção são feitas através da vagina, por um médico. Depois de inserido, a mulher pode usá-lo por um período de 3 a 5 anos, sendo que modelo de cobre de segunda geração prolonga essa permanência.
Modo de usar
O DIU não requer cuidado especial, porém não dispensa os controles ginecológicos habituais.
Por constituir um método de larga duração, é conveniente que se anote a data de introdução e retirada, para não esquecer a época de sua substituição.
Benefícios
  • Sua grande vantagem é o fato de seu uso não estar estritamente relacionado ao ato sexual, dispensando qualquer ação para barrar a gravidez na hora da relação. Por isso, proporciona total tranqüilidade ao casal.
Contra-indicações
  • Para mulheres com múltiplos parceiros, já que o DIU não protege contra DST – capazes de gerar inflamações pélvicas e conseuente obstrução da trompa que, por sua vez, pode levar à esterilidade.
  • Para mulheres que já sofreram de inflamação pélvicas.
  • Para mulheres com cólica intensa ou fluxo menstrual abundante, uma vez que o DIU pode aumentar tanto as dores pré-menstruais como a quantidade de sangramento.
  • Para mulheres com útero pequeno ou estreito, visto que a colocação do DIU é difícil nessas circunstâncias, podendo implicar, inclusive, na necessidade de uma anestesia.
  • Para mulheres com mioma, porque o tumor altera o interior do útero, podendo conduzir o DIU a uma posição anômala que não elimina a possibilidade de gravidez.

Preservativo

Preservativo ou camisinhaConstituído por uma membrana fina de borracha que se ajusta ao pênis, ele é contraceptivo porque barra o sêmen ejaculado e não permite o contato entre os espermatozóides e o interior do corpo da mulher. Apelidada de "camisinha" ou "camisinha-de-vênus", atua ainda contra a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis sua utilização vem crescendo muito desde o início da década de 80, para a prevenção da AIDS.
Modo de usar
Deve ser colocado antes da penetração peniana, no início da relação sexual, quando o pênis estiver ereto. É aconselhável deixar uma folga na ponta (onde é depositado o esperma, para que não estoure) e desenrrolar até a base do pênis. Para aumentar sua segurança, recomenda-se ainda que seja utilizado com espermicida (substância que elimina os espermatozóides e serve também como lubrificante). Tem eficácia em torno de 90%,
Benefícios
  • Como interage exclusivamente com a vagina, um de seus aspectos mais positivos é o fato de não provocar qualquer ação sistêmica no corpo.
  • É o único método que, além de anticoncepcional, é capaz de barrar a disseminação de doenças venéreas.
  • Em contrapartida, o preservativo pode prejudicar a sensibilidade dos parceiros durante a relação sexual. Mas, mesmo esse efeito pode ter o seu lado proveitoso, ao menos para homens que têm ejaculação precoce, no sentido de prolongar a excitação masculina.
Contra-indicações
  • Para homens e mulheres que sofrem de alergia ao látex ou ao espermicida.
  • Para pessoas que não queiram se preocupar com métodos de contracepção na hora do ato sexual.

Camisinha Feminina

Camisinha feminina contraceptivaO similar do preservativo masculino, feito de uma membrana fina de látex, tem formato de coador e se ajusta à entrada da vagina. Presume-se que o grau de eficácia seja o mesmo da camisinha do homem
Modo de usar
Deve ser colocado antes da relação. O aro de borracha menor precisa ficar na entrada do útero, no mesmo lugar do Diafragma, e o maior na entrada da vagina.
Beneficio
  • É um método que garante maior liberdade e independência à mulher. O controle de uma relação sexual eventual não fica mais com o homem.
Contra-indicações
  • Para quem é avesso a novidade. A falta de hábito fez com que muitas mulheres se sentissem inadequadas.
  • Para mulheres que têm dificuldade de manipulação dos próprios genitais.
  • Para quem têm dificuldade de negociação do uso com o parceiro.
  • O seu custo dificulta o uso regular, já que é bem mais cara do que o preservativo masculino.

Diafragma 

Método do diafragmaTal qual a camisinha, ele é feito de borracha ou silicone e se molda ao corpo no caso, ao colo do útero, impedindo do encontro dos espermatozóides com o óvulo. Por sua vez, pode ser reutilizado inúmeras vezes, quando bem lavado com água e sabão, enxuto e conservado com amido, substância que preserva o látex. Se colocado corretamente, tem eficácia de até 96%
Modo de usar
Deve ser introduzido na vagina pelo menos 15 minutos antes da relação sexual. É imprescindível também que contenha espermicida em sua borda, para maior segurança anticoncepcional. É ainda essencial que seja removido somente oito horas após o ato sexual, para eliminar o risco de fuga de espermatozóides vivos e conseqüente gravidez.
Benefício
  • Não provoca alterações fisiológicas. Assim, é uma boa opção contraceptiva no caso de mulheres portadoras de doenças.
  • Quando bem cuidado – lavado e guardado corretamente – sua durabilidade pode chegar a dois anos.
Contra-indicações
  • As mesmas do preservativo.
  • Para mulheres com bexiga ou útero caído, ou ainda com músculos vaginais deficientes, que impossibilitam que o diafragma fique na posição correta.
  • Para mulheres que gostam de ficar por cima do homem durante o ato sexual, já que esta posição aumenta a possibilidade do diafragma se soltar.

Laqueadura de Trompas

Laqueadura - método contracptivoEste método Implica numa cirurgia para amarrar ou seccionar as trompas de Falópio, ou seja, os canais por onde o óvulo transita até o útero, caso tenha sido fecundado. Assim, barra de forma infalível a concepção . Em contrapartida, sua reversão é quase impossível e depende de uma cirurgia complexa. É recomendada principalmente para mulheres com sérios problemas de saúde, para quem a gravidez é absolutamente contra-indicada.
Benefícios
  • Para mulheres absolutamente seguras da decisão de não ter filhos, a laquedura oferece despreocupação quanto à gravidez para o resto da vida.
Contra-indicações
  • Para mulheres que possam vir a sofrer de distúrbios psíquicos devido à perda da fertilidade.
  • Para mulheres que não tenham qualquer problema de saúde grave.
  • É importante ainda ponderar a possibilidade de uma mudança de parceiro ou novo casamento – hoje, cada vez mais freqüentes -, que podem trazer o desejo inesperado de novos filhos.

Coito Interrompido

Consiste na retirada do órgão sexual masculino da vagina, para a ejaculação.
Benefício
  • Mesmo sem muitas segurança, é melhor arriscar o coito interrompido do que correr o risco de uma gravidez indesejada.
Contra-indicações
  • É considerado um método de alto risco, já que muitos homens não conseguem controlar o momento da ejaculação.
  • Não há garantia absoluta contra a gravidez, já que o líquido seminal – que é liberado pelo homem antes da ejaculação – contém espermatozóides.
  • O método é uma porta aberta às doenças sexualmente transmissíveis, principalmente em relação à parceiros desconhecidos ou que não transmitem segurança quanto à fidelidade.
  • Seu uso rotineiro pode levar à congestão pélvica crônica – uma das causas da dor pélvica. Como geralmente a mulher não tem orgasmo nesse método, e na fase de excitação há uma vasodilatação que chega a reter 800ml de massa sangüínea na região pélvica, as veias se dilatam provocando a dor. Com o orgasmo a congestão se desfaz rapidamente.
  • A tensão em manter o controle pode gerar no homem ejaculação precoce ou disfunção erétil.

Vasectomia

VasectomiaCirurgia para interrupção dos canais que conduzem o espermatozóides até o duto ejaculador, provocando a esterilidade no homem. Sem afetar de forma alguma o desempenho sexual, não tem, no entanto, eficácia de imediato. Recomenda-se o uso de algum espermatozóide nas primeiras 10 ejaculações para evitar o risco de algum espermatozóide remanescente. Um exame chamado espermograma vai indicar o momento preciso em que já não há riscos de gravidez.
Benefícios
  • A cirurgia é simples e pode ser feita no próprio consultório médico.
  • Assim como a laqueadora de trompas, a vasectomia proporciona uma total despreocupação quanto a uma gestação imprevista.
Contra-indicações
  • Para todos os homens que não se julguem absolutamente seguros da vontade de não mais ter filhos.
  • Para homens que possam vir a passar por problemas psicológicos, em conseqüência do fim da capacidade reprodutiva.


Métodos de Abstinência Periódica : As Tabelas

Ogino-Knauss

Descrito em 1932 pelo japonês Ogino e o austríaco Knauss, o método é também conhecido como tabela ou tabelinha, e consiste na suspensão das relações sexuais por um período de sete dias, na época da ovulação. Considera que a ovulação ocorra por volta de 14 dias antes da próxima menstruação. E cria margem de 3 dias antes e 3 dias depois do dia da ovulação. É outro método contraceptivo pouco confiável, uma vez que o período de fertilidade da mulher pode variar imprevisivelmente
Benefícios
  • Para as mulheres que não se opõem a uma gravidez de surpresa, é uma forma de contracepção natural.
Contra-indicações
  • Para mulheres com ciclo menstrual irregular.
  • Para mulheres avessas a qualquer método que lhes traga ampla possibilidade de engravidar.

Billings

Similar à tabela de Ogino-Knauss, este método também prevê a suspensão das relações sexuais durante o período fértil da mulher. Porém, em vez da contagem de dias, anteriores e posteriores à menstruação, baseia-se ma observação diária do muco cervical ( secreção do colo do útero ) para detectar a fase da fertilidade. Pressupõe, então, que é mais seguro manter relações quando a vagina está seca, ou seja, desprovida de muco. De forma contrária, mostra que a presença de secreção indica a aproximação da ovulação e o conseqüente risco de uma gravidez.
Benefícios e contra-indicações
  • Os mesmos da tabela Ogino_knauss
  • Para quem tem dificuldade de manipular os próprios genitais, já que baseia-se na observação do muco vaginal.
  • Para quem tem corrimento, que dificulta a identificação da secreção.

Temperatura basal

Tem um índice de eficácia na faixa dos 70% ( como as tabelas anteriores ). Desvenda o ciclo de fertilidade da mulher por meio da temperatura do seu corpo – que deve ser tomada sempre pela manhã .antes de se levantar ou fazer qualquer esforço físico capaz de alterá-la. Supõe que pouco antes da ovulação a temperatura corpórea fique em torno dos 36%C. E, nos dias posteriores, se eleve 0,5C, permanecendo assim até a menstruação seguinte.
Benefícios e contra-indicações
  • Idênticos às tabelas já citadas.

Sintotérmico

Incluí todas as variáveis usadas nos métodos anteriores – duração do ciclo menstrual, muco cervical e temperatura basal – mais outros eventuais sintomas, como dor nos seios ou uma região pélvica, para definir o dia da ovulação.

AIDS


Introdução : sabendo mais sobre Aids e HIV
A sigla Aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus  da Aids é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa.
Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Por isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter Aids. Ao desenvolver a Aids, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico ( de defesa ) dos seres humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. A pessoa portadora do vírus HIV, mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la. 

Formas de Contágio
A Aids é transmitida de diversas formas. Como o vírus está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são : transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue. A Aids também pode ser transmitida da mão para o filho durante a gestação ou amamentação.

Principais Sintomas da Aids
Como já dissemos, um portador do vírus da Aids pode ficar até 10 anos sem desenvolver a doença e apresentar seus principais sintomas. Isso acontece, pois o HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Quando o sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa, começam a surgir os primeiros sintomas. Os principais são: febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer: pneumonia, alguns tipos decâncer, problemas neurológicos, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago). Caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.

Formas de Prevenção
A prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio citadas acima. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais. Atualmente, existem dois tipos de preservativos, também conhecidos como camisinhas : a masculina e a feminina. Outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos. Instrumentos cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.

Tratamento
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.

Você sabia?
- Dia 1 de dezembro comemora-se o Dia Mundial de Luta contra a Aids.